Atualizado em 31 de janeiro de 2025 por Natália V.
C.S. Lewis é um dos escritores mais queridos e influentes da literatura moderna. Seu nome está diretamente ligado à fantasia e à filosofia cristã, sendo o autor da clássica série As Crônicas de Nárnia e de diversas obras sobre fé e moralidade.
Mais do que um escritor talentoso, Lewis foi um homem de grandes questionamentos e transformações. De ateu convicto a um dos maiores defensores do cristianismo, sua vida foi marcada por descobertas, amizades inspiradoras e uma imaginação sem limites.
Mas quem foi C.S. Lewis além de suas histórias encantadoras? Vamos conhecer mais sobre sua trajetória e o impacto que ele deixou no mundo.
Quem foi C.S. Lewis?
Clive Staples Lewis, mais conhecido como C.S. Lewis, foi um escritor, professor e teólogo britânico, nascido em 29 de novembro de 1898, em Belfast, na Irlanda (atual Irlanda do Norte). Ele é amplamente reconhecido por sua habilidade em criar histórias envolventes que misturam fantasia, filosofia e simbolismo religioso.
Além de ser o autor da saga As Crônicas de Nárnia, Lewis escreveu ensaios e livros sobre teologia cristã, tornando-se um dos maiores apologistas cristãos do século XX. Sua amizade com J.R.R. Tolkien, criador de O Senhor dos Anéis, foi essencial para sua trajetória literária e espiritual.
Agora, vamos mergulhar em sua biografia para entender melhor sua jornada e o impacto de suas obras.
Biografia de C.S. Lewis
Infância e o amor pelos livros
Desde pequeno, era fascinado por histórias e mitologia. Ele e seu irmão mais velho, Warren, criaram um mundo imaginário chamado Boxen, onde animais falantes vivem aventuras – uma prévia do que viria a ser Nárnia.
A infância de Lewis, no entanto, não foi apenas repleta de imaginação. Aos 10 anos, ele perdeu a mãe para o câncer, um evento que o marcou profundamente e o afastou da fé cristã. Seu pai, devastado, enviou Lewis para internatos rigorosos na Inglaterra, onde ele encontrou refúgio nos livros.
A Primeira Guerra Mundial e o período de ceticismo
Quando jovem, Lewis foi chamado para lutar na Primeira Guerra Mundial. Durante o conflito, viu de perto a dor e a destruição, o que reforçou ainda mais seu ceticismo em relação à religião. Após a guerra, ingressou na Universidade de Oxford, onde se destacou como um brilhante estudante de literatura e filosofia.
Nessa fase, ele se considerava um ateu convicto, influenciado por filósofos materialistas e pela visão de um mundo sem significado. No entanto, sua jornada espiritual ainda estava longe de terminar.
A amizade com Tolkien e sua conversão ao cristianismo
Nos anos 1920, enquanto lecionava em Oxford, Lewis conheceu J.R.R. Tolkien, criador de O Senhor dos Anéis. Tolkien era um católico devoto e, junto com outros amigos do grupo literário Inklings, desafiou Lewis a reconsiderar suas crenças.
Após anos de reflexões, Lewis teve uma transformação profunda. Em 1931, declarou-se cristão, descrevendo sua conversão como ser “arrastado para Deus, chutando e gritando”. A partir desse momento, passou a defender sua fé através de livros e palestras, tornando-se um dos maiores apologistas cristãos do século XX.
As Crônicas de Nárnia: a magia e o simbolismo cristão
Entre 1950 e 1956, Lewis escreveu a série As Crônicas de Nárnia, um dos maiores clássicos da literatura infantil. A história acompanha crianças que descobrem um mundo mágico através de um guarda-roupa encantado, onde vivem aventuras ao lado do leão Aslam.
A série mistura fantasia com referências cristãs, sendo Aslam uma metáfora de Cristo. Os livros mais famosos da saga incluem:
- O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950) – Onde os irmãos Pevensie chegam a Nárnia e conhecem Aslam.
- Príncipe Caspian (1951) – Uma nova jornada para restaurar o trono legítimo de Nárnia.
- A Viagem do Peregrino da Alvorada (1952) – Uma aventura pelos mares de Nárnia.
- A Última Batalha (1956) – O desfecho épico da saga.
Com uma narrativa envolvente e personagens inesquecíveis, As Crônicas de Nárnia atravessaram gerações, sendo adaptadas para cinema, teatro e televisão.
Outras obras de C.S. Lewis
Além de sua famosa saga de fantasia, Lewis escreveu diversos livros sobre fé, filosofia e ficção científica:
- Mero Cristianismo (1952) – Uma introdução à fé cristã, considerada uma das obras mais influentes do século XX.
- Cartas de um Diabo a seu Aprendiz (1942) – Uma sátira brilhante sobre a luta entre o bem e o mal, narrada do ponto de vista de um demônio.
- A Trilogia Cósmica (1938-1945) – Uma série de ficção científica com temas teológicos.
- O Grande Divórcio (1945) – Um livro alegórico sobre céu e inferno.
O amor e os últimos anos de C.S. Lewis
Já próximo dos 60 anos, Lewis conheceu Joy Davidman, uma escritora americana com quem desenvolveu uma amizade profunda que se transformou em amor. Eles se casaram em 1956, mas pouco tempo depois Joy foi diagnosticada com câncer. Lewis a acompanhou até seus últimos dias, um período que ele descreveu em seu livro Anatomia de uma Dor.
Após a morte de sua esposa, a saúde de Lewis também começou a se deteriorar. Em 22 de novembro de 1963, ele faleceu aos 64 anos, no mesmo dia do assassinato de John F. Kennedy.
O legado de C.S. Lewis
Mesmo décadas após sua morte, C.S. Lewis continua sendo um dos escritores mais lidos do mundo. Suas obras, sejam de fantasia ou de reflexão cristã, seguem inspirando leitores, estudiosos e escritores.
Seus livros nos lembram que há mais no mundo do que podemos ver, e que a imaginação e a fé podem andar juntas, criando histórias que atravessam gerações.
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Gosto de livros e histórias que me fazem sentir e ver o mundo de outra forma. Comecei com biografias e romances, mas hoje leio quase tudo. Também gosto de viajar e escrever sobre minhas experiências, sempre em busca de novas histórias para contar.