Atualizado em 8 de setembro de 2025 por Natália
Organizar suas finanças pessoais significa tomar melhores decisões com o dinheiro e conquistar uma vida mais equilibrada e tranquila.
Aprender como organizar suas finanças pessoais é o primeiro passo para ter mais controle sobre o dinheiro, melhorar sua saúde financeira e conquistar seus objetivos de vida.
Se você sente que o salário some já nos primeiros dias do mês, a causa provavelmente está na falta de organização financeira. Muitas vezes isso acontece porque não sabemos exatamente quanto entra, quanto sai e para onde o dinheiro vai.
A boa notícia é que, com alguns ajustes simples, é possível virar esse jogo e começar a construir uma relação mais saudável com o dinheiro.
Antes de partir para os 7 passos, vale entender por que organizar suas finanças pessoais é tão importante para mudar de vez a sua vida financeira.
Importância de organizar suas finanças pessoais
No começo pode até parecer chato ou desnecessário anotar gastos e fazer contas. Mas a verdade é que a organização financeira é o ponto de virada para transformar sua relação com o dinheiro.
Sem ela, você corre o risco de continuar preso ao mesmo ciclo: trabalhar sem parar, gastar sem pensar e terminar o mês no vermelho.
Apesar de ser extremamente importante, essa não é uma tarefa simples. Para dar certo, é preciso mudar hábitos de consumo e a forma como você lida com o dinheiro no dia a dia.
Com organização, você evita o descontrole financeiro, aquele em que o dinheiro parece sumir sem perceber.
O problema vai além do bolso: viver sempre no limite pode gerar estresse, angústia e até depressão.
Como organizar suas finanças pessoais em 7 passos simples
Esses são os 7 passos práticos para colocar suas finanças em ordem e construir uma vida financeira mais tranquila e planejada.
1. Anote seus ganhos e seus gastos
O primeiro passo para organizar suas finanças é anotar tudo que você ganha e tudo que gasta.
Pegue um caderno ou uma planilha e registre salário, renda extra, contas fixas do mês e até os pequenos gastos do dia a dia, como um café ou um Uber.
Para facilitar, divida assim:
- Ganhos: salário e renda extra.
- Gastos essenciais: moradia, alimentação, luz, água e mercado.
- Gastos não essenciais: lazer, delivery e compras ocasionais.
Com essas anotações, basta fazer a conta de ganhos menos os gastos para saber se sua renda cobre as despesas ou se está gastando além do que deveria.
Esse hábito simples é o primeiro passo de como organizar suas finanças pessoais na prática. Ele dá clareza sobre como o seu dinheiro entra e sai todo mês.
2. Divida seu salário
Agora que você já sabe quanto ganha e quanto gasta, é hora de decidir como dividir seu salário. O ideal é fazer isso logo que receber o pagamento.
Existem diferentes formas de fazer essa divisão. Veja dois métodos bastante usados (os valores abaixo são apenas exemplos, adapte para sua realidade):
Método 60/20/20
- 60% para gastos essenciais (moradia, alimentação, contas).
- 20% para lazer.
- 20% para reserva de emergência, quitar dívidas ou investir.
Exemplo com R$ 2.000 de renda:
- R$ 1.200 para gastos essenciais
- R$ 400 para lazer e compras pessoais
- R$ 400 para poupança ou investimentos
Método 70/20/10
- 70% para gastos essenciais.
- 20% para reserva de emergência, quitar dívidas ou investir.
- 10% para lazer.
Exemplo com R$ 2.000 de renda:
- R$ 1.400 para despesas básicas
- R$ 400 para poupar, investir ou pagar dívidas
- R$ 200 para lazer
No começo pode ser difícil seguir os percentuais exatos, e tudo bem. O mais importante é separar uma parte da renda e ir ajustando aos poucos.
Você pode usar uma planilha, um aplicativo de finanças ou até um caderno. O essencial é que o dinheiro tenha um destino claro e não fique todo misturado.
3. Tenha metas financeiras
Anotar gastos sem ter objetivos claros pode não adiantar muito. É aqui que entram as metas financeiras, que dão direção para a sua vida financeira.
Sonhos e objetivos fazem parte da vida. Afinal, você trabalha para conquistar conforto, segurança ou algo que sempre desejou. Ter uma meta definida ajuda a manter a motivação e a não desistir no meio do caminho.
Exemplos de metas financeiras:
- Quitar dívidas
- Fazer uma viagem dos sonhos
- Comprar uma casa ou um carro
- Montar uma reserva de emergência
- Conquistar liberdade financeira
O tempo para realizar cada meta varia. Você pode planejar juntar R$ 2.000 em seis meses para viajar ou economizar por anos para comprar um imóvel.
O importante é definir prazo, valor e manter o foco. É isso que transforma sonhos em realidade e fortalece seu planejamento financeiro.
4. Corte gastos desnecessários e compras por impulso
Muitas vezes gastamos com coisas que nem usamos, e no fim do mês isso pesa no bolso sem trazer benefício real.
Alguns exemplos comuns:
- Assinaturas de streaming que você quase não assiste.
- Taxas bancárias que poderiam ser evitadas.
- Academia que você paga, mas frequenta pouco.
- Delivery quase todo dia, quando cozinhar em casa seria mais barato.
- Compras em promoção só porque “estava barato”.
- Roupas e objetos que acabam encostados.
Esses pequenos gastos, quando somados, consomem boa parte do que você ganha.
Pergunte-se antes de comprar: “Eu realmente vou usar isso? Preciso agora ou é impulso?”.
O dinheiro economizado pode ser direcionado para algo muito mais importante, como viajar, quitar dívidas ou investir. Cortar excessos abre espaço para uma vida financeira mais equilibrada.
5. Crie uma reserva de emergência
A gente nunca espera, mas imprevistos acontecem: uma geladeira quebrada, um chuveiro queimado ou uma consulta médica inesperada. Nessas horas, ter uma reserva de emergência faz toda a diferença.
Esse fundo funciona como um colchão de segurança financeira, que evita recorrer a empréstimos, cartão de crédito ou favores.
A recomendação é guardar o equivalente a seis meses do seu custo de vida.
Exemplo: se suas despesas mensais são R$ 2.000, sua meta é juntar R$ 12.000. Pode parecer muito, mas não precisa ser de uma vez. O importante é começar, nem que seja com R$ 50 ou R$ 100 por mês.
Se conseguir juntar R$ 3.000 no início, já terá um bom respiro. Depois, vá completando aos poucos até alcançar os seis meses de despesas.
Lembre-se: essa reserva é para emergências reais, não para realizar sonhos ou viajar.
6. Use o cartão de crédito com consciência
O cartão de crédito pode ser um aliado para acumular pontos e benefícios, mas também pode virar uma armadilha.
A regra é simples: só use se puder pagar o valor total da fatura no vencimento. Evite parcelar sem ter o dinheiro guardado.
Eu mesma já cometi o erro de antecipar compras só porque tinha o cartão à mão e levei um susto na fatura no fim do mês.
Parcelamentos longos e o crédito rotativo têm juros altíssimos e podem virar uma bola de neve.
Lembre-se: o limite do cartão não é renda extra — é apenas um valor que você terá que pagar depois. Planeje suas compras e não trate o cartão como extensão do seu salário.
7.O segredo está na disciplina e na paciência
O último passo é simples, mas exige constância: disciplina e paciência.
No início, não complique. Use um caderno ou uma planilha básica para acompanhar ganhos e gastos. O que importa é criar o hábito.
Com o tempo, organizar suas finanças se torna natural e os resultados aparecem de forma constante.
Organização financeira não é sobre fórmulas mágicas, mas sobre consistência. Com disciplina e paciência, você vai sentir a diferença no bolso e na vida.
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Compartilho aprendizados sobre educação financeira para ajudar você a organizar o dinheiro e conquistar mais tranquilidade.
